A sociedade pela qual se luta

O fundo público originado pela luta política dos segmentos mais organizados precisa ser reformulado e novamente vinculado às receitas originárias. Isso permitirá favorecer tanto a progressividade da tributação sobre a renda dos ricos como a universalidade da proteção social (saúde, educação, pleno emprego, assistência social, etc), esta impedida de se firmar diante do processo de financeirização da riqueza, responsável pela adoção de programas de ajuste estrutural e pela condução de políticas econômicas e sociais neo-liberais. A crise mundial poderá criar uma nova reconfiguração desses recursos.

A defesa das atividade produtivas com distribuição da renda e riqueza, acompanhada da democratização das estruturas de poder, produção e consumo, permitirá ampliar o componente estratégico definidor de uma nova maioria política no Brasil. Da mesma forma que há inegáveis atividades políticas para fazer convergir segmentos tão heterogêneos, permanece o desafio de incorporação dos novos contigentes incluídos nos últimos anos e que ainda parecem manter um baixo poder de pressão.

fonte: Brasil entre o passado e o futuro - 2010 - (Dilma Roussef, Guilherme Dias, Jorge Mattoso, José António Pereira de Sousa, Luiz Dulci, Marcio Pochmann, Nelson Barbosa, Emir Sader, Marco Aurélio Garcia)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Em defesa do Poder legislativo de Suzano

De quem, realmente, é esta derrota?

O que Jesus Cristo diria?