Parindo a Burguesia!

Aos dois anos aprendi a falar, aos cinquenta e quatro, a escrever. Que bom. E o espírito e a experiência me cochicham: isto não se aprende, se vive! Resume-se numa "escutação".

O debate sobre o golpe de estado, para quem tem apreço pelo  conhecimento e seu impacto perante a justiça social e a caridade, é de fundamental importância e prioritário neste nosso tempo. Nunca esteve tão verdadeira a definição do poeta Cazuza sobre nossa burguesia.

Um pouco mais de consciência, pouco menos as vezes. Aqui e ali. Sobreviventes, somos todos. Um carnaval de atitudes. Também de insanidades. Paulistanos são assim. Fazer o quê. Parindo a desgraça.

Mas sempre há uma reação. O processo é dialético. O jogo é jogado. O mesmo carnaval tráz esperança. Se transformou no Carnaval do "Fora Temer".

Mas muito além da simples montagem de governos, temos que retomar nossa capacidade de pensar uma nação. Exercitar nosso papel perante nossa história e nosso futuro. È fundamental estabelecer a capacidade de fazer política. 

Fazer política com profundidade, com sabedoria, conhecimento, com arte, com ternura. Ter claro nossos interesses. Defender sua legitimidade. Também é fundamental deixar clara nossas metas de justiça social e de construção de igualdade.

Isso só se constrói em um estado de direito. É desumano permitir que ações anti democráticas sejam executadas a todo momento por setores do poder dominante. Seja no aparelho judiciário pela mão de um de seus membros, seja pelo sistema de comunicação pela mão e interesse de alguns de seus empresários.


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